Zika pode provocar alteração neurológica

Microcefalia e graves problemas oculares podem não ser as únicas consequências do zika vírus em crianças infectadas na barriga da mãe. Com o avanço de casos no Brasil, especialistas passaram a afirmar que, no futuro, outros prejuízos neurológicos, como atraso intelectual ou perda auditiva, poderão ser associados à infecção e detectados somente no início da vida escolar.

O diagnóstico, no entanto, só poderá ser feito com propriedade se os bebês nascidos de meados do ano passado para cá, quando teve início a epidemia no País, receberem acompanhamento médico rotineiro. Especialistas ouvidos pelo Estado afirmam que todas as crianças de mulheres que tiveram suspeita ou confirmação de zika durante a gestação devem ter seus filhos monitorados, independentemente de quadros associados de microcefalia.

A expectativa de que outros problemas de saúde possam ser relacionados ao zika vírus no futuro é explicada pela sua "semelhança" com algumas doenças também perigosas para gestantes, como a rubéola, a toxoplasmose e a citomegalovirose. Todas podem provocar desde quadros de microcefalia a perda progressiva da visão, surdez e diferentes graus de atraso intelectual.

Até o surgimento do zika, rubéola e toxoplasmose eram as doenças mais temidas por grávidas, apesar de mais facilmente controladas. A primeira tem vacina e a segunda pode ser evitada com hábitos simples, como ingerir alimentos bem cozidos. Mas, se infectadas, as gestantes podem transmitir essas doenças aos bebês, com consequências para o resto da vida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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