Ministério da Saúde confirma 134 casos de microcefalia causados pelo zika vírus

O Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira que 134 casos de microcefalia foram causados pelo zika vírus desde o início do ano no país.

Segundo o balanço, 2.165 casos ainda estão sendo investigados para saber se há relação com o vírus e outros 102 foram descartados.

O governo anunciou que irá distribuir repelentes às gestantes para evitar a contaminação pelo mosquito Aedes aegypti. Uma das 29 mortes que investigadas por decorrência de microcefalia foi confirmada e duas foram descartadas. Outros 26 casos de mortes suspeitas de terem sido causadas por microcefalia ainda estão sob investigação.

O vírus infectou ao menos meio milhão de brasileiros neste ano, de acordo com a estimativa mais otimista do Ministério da Saúde. A notificação de casos de zika vai mudar no país. Médicos vão poder informar para autoridades públicas de saúde casos da doença com base no diagnóstico clínico, independentemente da confirmação de exame laboratorial. Em outra frente no combate à doença, desta vez ligada à microcefalia, o Ministério da Saúde lançou nessa segunda-feira novo protocolo médico e prevê distribuir até 10 milhões de testes rápidos de gravidez.

Para mudar as notificações, será preciso que esteja comprovada a circulação do vírus na região, por meio de exames realizados em laboratórios regionais. Com a medida, que deverá ser anunciada nos próximos dias, o Ministério da Saúde quer ter uma noção mais exata da dimensão dos casos registrados atualmente no País. Até agora, somente eram considerados casos de zika aqueles que haviam sido comprovados por meio de exames.

O vírus zika chegou ao Brasil no início do ano. Na sequência, espalhou-se por 14 Estados e provocou epidemia no Nordeste. Transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti, o vírus era considerado como pouco ameaçador. A prática, no entanto, mostrou o oposto.

 

Perímetro cefálico

O Ministério da Saúde diminuiu de 33 cm para 32 cm a medida padrão do perímetro cefálico dos bebês, seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Todos os recém-nascidos que apresentarem crânio menor que isso serão considerados suspeitos de microcefalia. Segundo o ministério, a medida anterior foi definida para "incluir um número maior de bebês na investigação".

O zika invade a placenta da mulher grávida, entra na corrente sanguínea do bebê e provoca uma inflamação dos neurônios, comprometendo a formação do cérebro, que fica diminuído. A criança com microcefalia, segundo pediatras, pode ter problemas linguísticos, cognitivos e motores, retardando o desenvolvimento de habilidades básicas como falar, sentar, engatinhar e andar.

As informações são da Agência Estado

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