Com 10,4 mortes de crianças menores de 1 ano a cada mil nascidas vivas, a RMVale atingiu, em 2015, a menor taxa de mortalidade infantil desde 2000, segundo levantamento da Fundação Seade.
Nesse período de 15 anos, a taxa caiu de 16,8 para 10,4, queda de 38,1%, que coloca o Vale como a 10ª região do Estado, em um total de 17, em que a mortalidade infantil mais caiu neste século.
A região conseguiu ainda derrubar a mortalidade abaixo da média estadual, de 10,7 óbitos em 2015. Em 2014, enquanto a média do Estado era de 11,4 mortes, a da região ficou em 11,5.
Cidades. Entre as 39 cidades da RMVale, 13 têm taxa de mortalidade infantil acima da estadual. Uma delas é São José, com 12,6 mortes por cada mil nascidos vivos. É o pior resultado desde 2011, segundo o Seade, quando a taxa foi de 12,4. Nesse período, São José conseguiu o melhor resultado em 2013, com 9,5 óbitos de crianças a cada mil nascidas vivas.
“Desde o início do ano, a Prefeitura vem reforçando medidas que visam à redução da taxa de mortalidade no município, que deverão refletir na queda deste índice nos próximos anos”, informou a Secretaria de Saúde, que lista, entre as ações, aumento de pré-natal e de partos normais.
Em 2015, Taubaté registrou taxa de 9,3 mortes a cada mil nascidos vivos, o melhor resultado desde 2011 (10,5). O município chegou a 13,2 em 2013. Jacareí piorou comparado a 2014 (9,8) e fechou 2015 na média da RMVale: 10,4.
Na avaliação de Maristela Siqueira, ex-diretora regional de Saúde e atual secretária da área em Guará, a região reduziu a mortalidade com equipes de Estratégia de Saúde da Família, melhoria no pré-natal e acompanhamento da rede pública voltada à gestante.
São José e Jacareí estão com taxa alta na infância
A Fundação Seade mediu também a mortalidade na infância (crianças até 5 anos). A RMVale atingiu, em 2015, índice de 11,7 mortes para cada mil nascidos vivos, abaixo da média estadual, de 12. Entre as maiores cidades da região, só Taubaté conseguiu um indicador abaixo da média estadual: 10,5. São José registrou 14,2 e Jacareí, 12,6.
Do total de 354 óbitos infantis na RMVale em 2015, 194 deles (54,8%) foram causados por problemas no período perinatal, que vai de 22 semanas de gestação a 7 dias depois de nascido, como doenças, complicações na gravidez ou no parto e infecções. Outros 95 óbitos (26,8%) foram causados por mal-formação congênita, alguma deformidade ou anomalias no feto.