ADL reforça alerta contra dengue em Taubaté

A ADL (Análise de Densidade Larvária) realizada pela Prefeitura de Taubaté em janeiro deste ano lança um novo alerta à população, com um indicador de infestação de larvas do mosquito Aedes aegypti de 4,4 pontos no IB (Índice Breteau). Em janeiro de 2015, a ADL verificada no município foi de 6,85.
Mesmo com a redução dos indicadores no comparativo do mês, o número é preocupante já que o índice de tranquilidade é 1,0 ou menos. Acima do nível de 1,5 há risco de epidemia.
Na amostragem de janeiro, a pior situação é na região central, compreendida pelos bairros Independência, Jardim das Nações, Santa Luzia, Jabuticabeira, Jardim Humaitá, Bom Conselho e Centro. A região 4, como é definida no mapeamento da prefeitura, apresentou um índice de 8,8.
A Secretaria de Saúde de Taubaté reforça a necessidade de conscientização da população, já que cabe às famílias o combate aos criadouros do mosquito responsável pela transmissão da dengue, zika e chikungunya.
Durante a ADL são coletadas amostras em imóveis escolhidos aleatoriamente em todas as regiões da cidade. Foram vistoriados cerca de 3.600 imóveis, média de 600 por área. Os resultados obtidos geram o IB, um valor numérico que define a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento encontrados nos locais vistoriados e permite saber em quais regiões da cidade há maior risco de transmissão da dengue.
O trabalho de controle é realizado nos meses de janeiro, abril, julho e outubro. A cidade é dividida em seis áreas, onde são verificadas a existência de larvas do mosquito e os tipos de recipientes em que foram encontradas.
Desde o início do ano até hoje, 3 de fevereiro, Taubaté soma 613 notificações de casos de dengue, com 115 casos positivos autóctones, 1 caso positivo importado, 101 casos negativos e 396 aguardando exames.
A Vigilância Epidemiológica aguarda o resultado de exames de dois casos suspeitos de chikungunya. Até agora são cinco notificações de casos de zika, com um caso importado confirmado e quatro descartados. 

SJC: Exército vai reforçar combate à dengue

Trinta militares do Exército começaram nesta terça-feira (2) um treinamento para atuar nos mutirões de combate à dengue em São José dos Campos (SP). Ainda nesta semana, os soldados devem fazer uma ação prática nas ruas da cidade para dar início ao trabalho oficialmente no próximo dia 13. O município tem 102 casos confirmados da doença neste ano e, em 2015, teve a maior epidemia da história com mais de 14 mil ocorrências de dengue.

O reforço do exército conta com efetivo do 5º Batalhão de Infantaria Leve de Caçapava. Durante o treinamento, os soldados vão conhecer a evolução numérica e geográfica da dengue em São José, os equipamentos, a estratégia de combate ao Aedes aegypti, as doenças transmitidas pelo mosquito, além de identificar os criadouros e os procedimentos de abordagem nos mutirões.

Para a prefeitura, o apoio militar é considerado importante porque uma das dificuldades que os agentes de endemias encontram nas ruas é a resistência dos moradores, que nem sempre permitem o acesso dos profissionais às casas.

Com os soldados, o número de equipes 'antidengue' nas ruas de São José vai passar de 15 para 30. O Exército vai dar apoio ao trabalhodos agentes de endemias de segunda à sexta-feira das 8h às 17h. A prefeitura vai fornecer alimentação e transporte aos homens envolvidos na ação. São José é um dos 20 municípios do Estado que recebe reforço do Exército, com a realização de mutirões apoiados pelos militares.

País confirma 404 casos de microcefalia

O Ministério da Saúde e os Estados investigam 3.670 casos suspeitos de microcefalia em todo o País, segundo boletim divulgado nesta terça-feira, 2. O governo também informa que 404 casos já tiveram confirmação de microcefalia ou outras alterações do sistema nervoso central - 17 deles com relação com o zika vírus. No total, 4.783 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 30 de janeiro.

De acordo com o boletim, foram notificadas 76 mortes por microcefalia ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação. Destas, 15 tiveram confirmação para microcefalia, sendo que em 5 casos houve a identificação do zika vírus no tecido fetal.

Segundo o informe, os 404 casos confirmados de microcefalia foram registrados em 156 municípios de nove Estados brasileiros: Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A região Nordeste concentra 98% dos municípios com casos confirmados e o Estado do Pernambuco continua com o maior número de municípios com casos confirmados (56), seguido dos Estados do Rio Grande do Norte (31), Paraíba (24), Bahia (23), Alagoas (10), Piauí (6), Ceará (3), Rio de Janeiro (2) e Rio Grande do Sul (1).

O Ministério da Saúde investiga todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central e a possível relação com o zika vírus e outras infecções. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na segunda-feira a microcefalia como emergência internacional.

Decreto determina ações contra a dengue

O governo federal editou decreto para determinar aos dirigentes dos órgãos e entidades do Poder Executivo que adotem providências para a sensibilização e a mobilização de todos os agentes públicos na prevenção e eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, vetor do vírus da dengue, do vírus chikungunya e do zika vírus.

Publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 2, o decreto também cria um comitê de articulação e monitoramento das ações, que será formado por Ministério do Planejamento, Casa Civil da Presidência da República e Ministério da Saúde.

As providências listadas no ato incluem realização de campanhas educativas, vistoria e eliminação de eventuais criadouros do mosquito e a limpeza de instalações públicas de funcionamento de órgãos e entidades do Executivo. Serão objeto de vistoria e limpeza as áreas internas e externas e o entorno das instalações públicas. Segundo o texto, cada órgão e entidade deverá indicar servidores responsáveis pela coordenação das ações.

São José cria comitê contra a dengue

Com 102 casos positivos de dengue e dois de zika vírus registrados nas três primeiras semanas deste ano, a Prefeitura de São José dos Campos criou nesta sexta-feira (29), o Comitê Municipal de Combate à Dengue.

Na prática, o grupo reunirá algumas secretarias que trabalharão juntas para combater o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. O comitê será formalizado por meio de decreto e será composto por representantes das secretarias de Saúde, Educação, Serviços Municipais, Defesa do Cidadão e Urbam (Urbanizadora Municipal).

A primeira ação sob responsabilidade do grupo acontecerá neste sábado (30), a partir das 8h, nos bairros Jardim Esplanada I e II, Jardim Apolo I e II e Vila Ema. 

A sede do comitê será no próprio gabinete do prefeito Carlinhos Almeida (PT) e a intenção é que os membros se encontrem, no mínimo, a cada 15 dias. Agora, além da atuação dos funcionários das secretarias, o comitê também buscará apoio das Forças Armadas, PM (Polícia Militar) e outros setores da sociedade. A ideia é que militares e policiais ajudem os agentes em campo. As informações são do Portal Meon.

País investiga 3.448 casos de microcefalia

O Ministério da Saúde apresentou à Organização Mundial da Saúde (OMS) os resultados de um novo estudo que aponta que as chances de um bebê ter microcefalia são multiplicadas se a mãe for contaminada pelo zika vírus. Conforme o boletim mais recente, são investigados 3.448 relatos suspeitos de microcefalia e o País já confirmou 270 casos da má-formação. Com perspectivas de que uma vacina só saia em três anos, o governo ampliará o combate ao vetor, o Aedes aegypti, e para isso usará 220 mil militares das Forças Armadas para visitar cerca de 3 milhões de residências.

Enquanto não existe vacina, o governo federal decidiu detalhar a estratégia para ampliar o combate ao Aedes pós-carnaval, mobilizando 60% do efetivo das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica). O anúncio aconteceu dois dias depois da presidente Dilma Rousseff cobrar demonstrações públicas de ação.

Inicialmente, 50 mil homens atuarão diretamente visitando residências para eliminar focos de proliferação do mosquito e orientar moradores. Essa ação ocorrerá entre os dias 15 e 18 do próximo mês e será articulada em conjunto com o Ministério da Saúde e com os governos estaduais e municipais. Atualmente, há 2 mil militares nas ruas.

A tropa completa, de 220 mil homens, vai ser mobilizada para atuar em uma campanha de caráter educativo, com a entrega de panfletos com orientações à população. A mobilização está prevista para ocorrer no dia 13 de fevereiro e a ideia é visitar 3 milhões de casas em 356 municípios - 115 deles considerados endêmicos.

O Ministério da Defesa também vai colocar homens e mulheres para participar da campanha que o Ministério da Educação vai realizar em escolas.

Depois do puxão de orelha da presidente, os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Marcelo Castro (Saúde) também iniciaram ontem uma rodada de negociações para comprar repelentes que serão distribuídos a cerca de 400 mil grávidas inscritas no programa Bolsa Família. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Brasil e EUA planejam vacina contra zika vírus

O Brasil e os Estados Unidos planejam o desenvolvimento e a produção de uma vacina contra o zika vírus. Segundo revelou ao jornal O Estado de S. Paulo o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jarbas Barbosa, os dois governos devem costurar um acordo nesta semana, em Genebra. A iniciativa ocorre no momento em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) emite um alerta de que a doença deve se espalhar pela maior parte do continente americano.

"Para esse desenvolvimento de uma vacina, poderemos estabelecer uma rede de cooperação com os Institutos Nacionais de Saúde americanos (NIH, sigla em inglês)", declarou Barbosa que está na Suíça para reuniões na OMS. Segundo ele, a entidade americana reúne centros que já trabalham com o Brasil na vacina da dengue em desenvolvimento pelo Instituto Butantã de São Paulo. "Vamos ter uma conversa aqui em Genebra com os americanos exatamente para isso", revelou. Barbosa, porém, aponta que a aliança não estará fechada à participação exclusiva do Brasil e dos Estados Unidos. "Outros países poderão se unir. É uma preocupação global", disse.

Ao jornal, a vice-diretora-geral da OMS, Marie Paule Kieny, apontou que os trabalhos "começam a ser feitos". Ela ressalta, porém, que a comunidade médica não pode esperar que um produto esteja no mercado em menos de um ano. "Enquanto isso, a medida que temos de adotar é a de fortalecer o combate ao vetor (o mosquito Aedes aegypti)", disse.

A proliferação dos casos para 21 países também levou a OMS a convocar uma reunião especial em Genebra para quinta-feira. Será quando a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) vai apresentar as últimas informações e dados sobre a realidade da doença e o Brasil também deve se pronunciar no encontro.

O novo cenário já fez a OMS assumir para si o combate à doença. No comando, Marie Paule disse à reportagem que, neste momento, faz "um mapeamento de quem está fazendo o que na luta contra a doença".

Ebola

Ainda nesta segunda-feira, 25, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, se pronunciou pela primeira vez sobre os casos nas Américas e exigiu que governos notifiquem à organização todos os registros de zika. A OMS foi duramente criticada pela demora em lidar com o surto de ebola, em 2014, e foi obrigada a passar por uma reforma justamente para ter maior controle sobre surtos pelo mundo.

Investigações internas apontaram que governos e mesmo entidades internacionais abafaram por meses os casos de ebola, buscando preservar economias locais. A OMS também admitiu sua culpa ao fazer um alerta sobre o problema somente quatro meses depois dos primeiros registros.

"O ebola mostrou que um surto em um lugar pode chegar rapidamente ao outro lado do mundo. Estamos mais alertas. Não existem mais surtos locais", disse Chan. "Pedimos transparência a todos. A proliferação explosiva do vírus para novas áreas geográficas, com populações com pouca imunidade, é causa de preocupação."

O mosquito está presente em todos os países do Hemisfério Ocidental, salvo Chile e Canadá - onde o inverno rigoroso se torna um impeditivo para o Aedes, sempre registrado em áreas tropicais e subtropicais.

"A Opas antecipou que o zika vírus vai continuar a se espalhar e provavelmente atingirá todos os países e territórios onde os mosquitos sejam encontrados", ressaltou a diretora-geral.

Argentina

O número de casos de dengue continua a crescer na Argentina. Em Buenos Aires, foi adotada a fumigação em áreas abertas para o combate ao mosquito Aedes aegypti. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Aumenta número de crianças obesas

A taxa de obesidade entre crianças de menos de cinco anos de idade sofre uma expansão sem precedentes e a Organização Mundial da Saúde (OMS) apresenta recomendações drásticas para frear a tendência. Dados divulgados nesta segunda-feira (25/01) em Genebra revelam que, entre 1990 e 2014, pelo menos 41 milhões de crianças nessa faixa de idade estão acima do peso.

Em apenas 15 anos, o número de casos registrados aumentou em 10 milhões de crianças. Hoje, a taxa é de 6,1% de toda a população na faixa etária estudada. Em 1990, ela era de apenas 4,8%. Mas a maior preocupação é com os registros nos países em desenvolvimento. Em 15 anos, o número de crianças obesas dobrou: de 7,5 milhões para 15,5 milhões. Ao final de 2014, quase metade de todas as crianças obesas estavam na Ásia, contra 25% na África, o mesmo continente com o maior número de má-nutrição aguda.

Na América Latina, a taxa de obesidade entre as crianças é superior à média mundial e chega a 8%. "Muitas crianças estão crescendo em ambientes que incentivam ganhar peso e obesidade", alerta o informe da OMS. "Levados pela globalização e urbanização, a exposição a comidas não-saudáveis é cada vez maior", indicou.

O principal fator do aumento do número de crianças obesas, porém tem sido o marketing sem restrição para refrigerantes e outras bebidas.

Para inverter a tendência, a OMS alerta que governos terão de adotar medidas concretas. Uma delas é a de aumentar os impostos para refrigerantes, além de limitar a publicidade para alimentos não-saudáveis. Para a entidade, a quantidade de calorias ingeridas por dia precisa cair.

Uma segunda proposta é a de implementar de forma generalizada programas de atividades físicas em escolas e mesmo jardins de infância, com a meta de evitar que crianças sejam sedentárias.

As propostas também incluem uma mudança na preparação das mães e pais, com o foco na amamentação, em práticas saudáveis de alimentação, além de padrões rígidos para as cantinas escolares. Nutrição deve ainda entrar no currículo das escolas, assim como a proibição da venda nos colégios de chocolates, balas ou qualquer outro alimento que possa contribuir para obesidade.

"As medidas que estamos propondo vão exigir vontade política dos governos", alertou Margaret Chan, diretora-geral da OMS. "São iniciativas que vão contra interesses econômicos poderosos", admitiu.

No ano passado, a OMS já alertou para o consumo de açúcar no mundo e sugeriu maiores impostos sobre os produtos. Mas as entidades de produtores reagiram de forma dura, criticando o informe e apontando que o combate à obesidade vai muito além do consumo do alimentos.

 

1 em cada 10 cidades de SP vive surto de dengue

Pelo menos uma em cada dez cidades paulistas já vive epidemia de dengue, três meses antes do período de pico da doença, registrado historicamente em abril. O quadro considera o número de casos notificados de outubro a dezembro de 2015, período que se iniciam as altas temperaturas e as chuvas, condições climáticas propícias à reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor ainda da chikungunya e do zika vírus.

Estatísticas divulgadas no site do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde mostram que 67 dos 645 municípios do Estado já registram, na temporada iniciada no último trimestre de 2015, taxa de incidência da doença acima de 300 casos por 100 mil habitantes, índice considerado epidêmico. Entre as cidades em situação preocupante estão Ribeirão Preto, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Ilhabela e Sorocaba.

O levantamento já aponta para a possibilidade de uma nova epidemia de dengue neste ano no Estado, que, em 2015, registrou o pior surto da doença na história, com 649.562 casos confirmados durante todo o ano, mais do que o triplo do relatado no ano anterior. Também houve recorde de mortos por complicações de dengue em território paulista: 454. O número de municípios de São Paulo que alcançaram índice epidêmico, se considerado o acumulado de casos de todo o ano de 2015, também triplicou, passando de 142, em 2014, para 481 no ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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