Sobe para 1.113 casos de microcefalia no País

O número de casos confirmados de microcefalia no Brasil chegou a 1.113, segundo boletim divulgado nesta terça-feira, 12, pelo Ministério da Saúde. Na última semana, estavam confirmados 1.046 casos, o que representa aumento de 6,4%.

De acordo com os dados, desde o início das investigações, em outubro de 2015, até o dia 9 de abril, o País notificou 7.015 casos suspeitos da má-formação - 2.066 foram descartados e 3.836 ainda estão em investigação.

Foram registrados 235 mortes por suspeita de microcefalia ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gravidez. Entre estas mortes, 50 foram confirmados para a má-formação.

Do total de casos confirmados de microcefalia, 189 tiveram teste laboratorial positivo para o vírus zika.

Os registros confirmados de microcefalia ocorreram em 416 municípios brasileiros, de 22 unidades da Federação. Pernambuco lidera em número de casos (312), seguido da Bahia (203) e Paraíba (105).

Gripe A: avanço no Vale esgota estoque de vacina

O avanço na incidência da Gripe A deixou a RMVale em alerta e provocou um corre-corre atrás de vacinas contra a doença na rede particular de saúde. Mas, com a alta procura, o estoque já se esgotou em clínicas de São José e Taubaté e existe fila de espera -- apesar do valor da dose chegar a custar R$ 130.

Só em 2016, o Vale do Paraíba tem quatro mortes suspeitas de Gripe H1N1 -- duas em Pindamonhangaba, uma em São José e outra em Taubaté. Já são mais de 100 casos suspeitos na região.

No início desta semana, a clínica Imunecare, de São José, teve que adotar um esquema especial com a distribuição de senhas para reduzir a fila -- em um só dia o estabelecimento teve 350 pedidos.

Em Taubaté, as clínicas que não têm mais as doses da vacina chegam a receber cerca de 300 ligações diariamente. O VALE entrou em contato sexta-feira por telefone com as clínicas Imunecare e Prontil, em São José, e clínica Leve Vida, de Taubaté. Todas estavam sem estoque contra o H1N1.

Remédio. Além da vacina, o medicamento Tamiflu está tendo alta procura na região. Os baixos estoques de Tamiflu levaram as prefeituras de São José e Taubaté a orientarem as unidades de saúde a respeito da prescrição racional do medicamento.

Na segunda-feira, o secretário de Saúde de São José, Paulo Roitberg, irá se reunir com representantes dos hospitais da cidade, do CRM (Conselho Regional de Medicina) e da APM (Associação Paulista de Medicina) para solicitar que a prescrição seja feita apenas para os pacientes graves.

Campanha.

A vacinação contra o H1N1 na rede pública só deve chegar às cidades do Vale no dia 30 de abril, data marcada para a mobilização nacional de combate à Gripe A.

A campanha de vacinação seguirá até o dia 20 de maio e vai atender o grupo considerado de risco -- crianças com idade entre seis meses e cinco anos, gestantes e puérperas (até 45 dias depois de dar à luz), idosos, índios, profissionais de saúde e pacientes de doenças crônicas.

O Estado recebeu as primeiras doses do governo federal no dia 1º de abril, mas optou por priorizar a capital e cidades da Região Metropolitana de São Paulo.

Surto. De janeiro a 26 de março deste ano, o Brasil registrou 444 casos de H1N1, de acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, com pelo menos 71 mortes.


Procon fiscaliza abuso nos preços

O Procon de São Paulo notificou hospitais e laboratórios a prestarem esclarecimentos sobre denúncias de aumento abusivo do preço da vacina contra a gripe H1N1. Caso seja constatado reajuste abusivo, as empresas poderão ser autuadas. Há denúncias de que houve hospitais e laboratórios privados que reajustaram o preço de R$ 120 para R$ 215. As informações são do Jornal O Vale.

Lava Jato pode financiar o SUS

O CNS (Conselho Nacional de Saúde) iniciou movimento nos bastidores para fazer com que o dinheiro recuperado por meio da Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras e seus desdobramentos, seja destinado a cobrir parte do rombo do SUS (Sistema Único de Saúde).

Nas contas do conselho, entre congelamento de receita, falta de repasse e impacto direto da crise, R$ 24 bilhões deixaram de ser transferidos às contas dos municípios para custeio do SUS. Não à toa que cidades e Estados vivem calamidade na Saúde. Um dos exemplos mais graves ocorre no Estado do Rio de Janeiro, onde servidores da área estão sem receber e médicos deixaram de atender.

O último levantamento divulgado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) aponta que R$ 4,2 bilhões foram recuperados em recursos desviados da estatal brasileira. Ao todo, o MPF (Ministério Público Federal) pediu à Justiça indenização de R$ 21 bilhões em processos contra 34 pessoas físicas e 16 jurídicas por improbidade administrativa, segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Há duas consequências diretas com o deficit do SUS: municípios são obrigados a destinar maior parte de suas receitas para cobrir o rombo (o índice constitucional é o mínimo de 15% da arrecadação para a Saúde) afetando investimentos em outras áreas e, nos casos de cidades com orçamento enxuto, o serviço é precarizado.

Para vingar a proposta do CNS é necessário haver projeto de lei no Congresso Nacional via poder Executivo ou de iniciativa popular. Um deputado ou senador pode apresentar indicação para o governo federal. A prioridade da gestão de Dilma Rousseff (PT) para tentar cobrir o buraco das contas do SUS é ressuscitar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), mas a resistência no Legislativo federal impede que a propositura avance na Casa.

 

 

H1N1: Vacina esgotada na rede particular de SJC

A grande procura da população pela vacina contra a gripe H1N1 nos últimos dias fez com que os estoques se esgotassem em toda a rede de clínicas e hospitais particulares de São José dos Campos.

Na tarde desta quinta-feira (7), nenhum dos estabelecimentos particulares que oferecem o serviço tinha a vacina à disposição. Muitos deles não têm previsão de chegada e alguns apenas para a semana que vem.

Além da vacina estar escassa na cidade, outro problema encontrado pelos moradores é o valor cobrado pelos estabelecimentos que oferecem o serviço. Em São José dos Campos, os valores variam entre R$ 85 e R$ 157 e, no caso da Unimed, além de ser conveniado à empresa, a taxa também é cobrada.

As pessoas que se encaixam no grupo considerado de risco são as crianças de seis meses a cinco anos de idade, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres que tenham realizado parto nos últimos 45 dias e profissionais de saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2015 cerca de 200 mil pessoas foram vacinadas pela rede pública em São José dos Campos. Levando em consideração os dados do IBGE, que apontam mais de 600 mil habitantes na cidade, mais da metade não tem acesso à vacina na rede pública nem na particular.

Tamiflu
A prefeitura solicitou 20 mil comprimidos do remédio para o Estado, que atendeu parcialmente o pedido e enviou apenas sete mil unidades. O medicamento chegou nesta quarta-feira (6) e já está sendo distribuído para a população.

“Essa quantidade é pequena. Portanto, um ofício foi encaminhado às unidades de saúde reforçando as orientações para que a prescrição do Tamiflu seja feita de forma bastante criteriosa: apenas para pacientes com a forma mais grave da doença ou para aqueles que estão com a gripe sem gravidade, mas têm doenças crônicas associadas, o que pode aumentar os riscos”, disse o secretário de saúde Paulo Roitberg.

Cada paciente que utiliza o medicamento precisa tomar dois comprimidos por dia, durante sete dias consecutivos. Segundo Roitberg, 75% das prescrições de Tamiflu realizadas nas duas últimas semanas são de hospitais particulares, para pacientes sem gravidade e fora dos grupos de risco.

Procon
O Procon de São Paulo notificou na última semana os principais hospitais laboratórios do Estado a prestarem esclarecimentos quanto ao aumento no valor das vacinas contra a gripe H1N1.

De acordo com consumidores, alguns estabelecimentos reajustaram os preços de R$ 120,00 para até R$ 215,00. No ano passado o valor era de, aproximadamente, R$ 45,00. A orientação é que o consumidor sempre denuncie casos do tipo no Procon de sua cidade. As informações são do Portal Meon.

Taubaté tem 182 novos casos de dengue

Taubaté confirmou nessa quarta-feira 182 novos casos de dengue. Com o acréscimo, a cidade atingiu a marca de 1.216 registros esse ano, sendo 1.215 autóctones (contraídos no município) e um importado. Outros 616 casos aguardam o resultado de exames. A cidade decretou epidemia de dengue no início de março.

Também houve avanço no número de casos suspeitos de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O número de pacientes com suspeita de chikungunya passou de sete para 11. Já o número de suspeitas de zika vírus subiu de 15 para 16. A cidade já confirmou um caso da doença esse ano, importado do Rio de Janeiro.

CONSCIENTIZAÇÃO

No Dia Mundial da Saúde, comemorado nesta quinta-feira, a Praça Dom Epaminondas recebeu uma ação de conscientização contra o Aedes aegypti. Estandes com amostras de larvas e do mosquito e material informativo com dicas de prevenção estiveram à disposição da população.

Agentes do CAS (Controle de Animais Sinantrópicos) também promoveram uma panfletagem pelo local. A iniciativa integra a programação da Semana de Mobilização contra o Aedes aegypti, que acontece até sábado. As informações são da Gazeta de Taubaté.

H1N1 tem agressividade igual à de anos anteriores

Sequenciamento genético feito pelo Instituto Evandro Chagas em amostras de vírus de gripe coletadas em dez Estados do Norte e do Nordeste revela que o H1N1 não está mais agressivo do que em anos anteriores. O estudo mostra que a capacidade de a cepa provocar doenças e de se propagar na população se manteve inalterada. A conclusão derruba a hipótese, apresentada por infectologistas, de que a alta dos casos poderia estar associada a um potencial mais ofensivo do vírus.

O estudo também mostra que a prevalência do H1N1 entre os pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) chegou a 100% das amostras coletadas na rede pública das duas regiões. Resultado semelhante não era registrado desde 2009, ano da pandemia causada pela influenza A.

Para a pesquisadora do Laboratório de Vírus Respiratório do instituto, Mirleide dos Santos, a rapidez da proliferação do H1N1 está ligada a outros fatores. Uma das hipóteses seria o aumento do número de viajantes estrangeiros no Brasil durante dezembro e janeiro, provocado pelo câmbio favorável. "Parte dos turistas pode ter chegado ao País portando o vírus, que encontrou uma população suscetível", afirmou.

A última epidemia provocada pelo H1N1 no Brasil foi em 2013. "Depois disso, outras cepas passaram a circular com maior prevalência", disse Mirleide. O intervalo de dois anos levou a uma redução significativa dos indicadores de influenza em 2014 e 2015. Em contrapartida, o grupo de pessoas mais suscetíveis ao vírus cresceu. Associado a esses dois fatores está um problema já identificado por especialistas: a antecipação do surto, sobretudo em São Paulo e Santa Catarina.

Os novos casos teriam encontrado autoridades sanitárias ainda desmobilizadas e uma população vulnerável - como idosos, crianças e gestantes - mais suscetível, uma vez que a vacina ficou pronta somente na semana passada.

O problema também foi apontado ontem pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro. Ele disse estar preocupado com o aumento do número de casos, principalmente por estar acontecendo em um período atípico. "Mas fomos ágeis e antecipamos a distribuição da vacina a partir do dia 1º", afirmou.

Otimismo

A boa notícia do sequenciamento genético é que o vírus em circulação sofreu mutações pontuais, o que garante que a vacina usada atualmente é efetiva. A proteção, no entanto, não é imediata. Tradicionalmente, a vacina contra influenza começa a aumentar a imunidade a partir de duas semanas após a aplicação. A proteção mais acentuada se dá um mês depois. A estimativa é de que, um ano depois da aplicação, a imunidade contra a infecção já esteja bastante reduzida.

Para fazer a análise, o Evandro Chagas, referência da Organização Mundial de Saúde (OMS) para influenza, avaliou 464 amostras. Ao contrário do que aconteceu em outras regiões, o aumento de casos de influenza A no Norte e no Nordeste nesses meses não surpreende - historicamente, é registrado nesta época do ano. "Ele está mais ligado ao aumento das chuvas. Ao contrário do que se vê no Sul e Sudeste, onde indicadores estão associados a baixas temperaturas", disse Mirleide. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

São José e Taubaté fazem ofensiva contra Gripe A

Com as crianças dentro do grupo de risco de contrair H1N1 (gripe A), as Prefeituras de São José dos Campos e Taubaté reforçam os cuidados de prevenção nas escolas da rede pública.

Em São José, as atividades de prevenção e orientação são desenvolvidas pelas próprias escolas, principalmente em relação aos cuidados com a higiene pessoal, como lavar bem as mãos, por exemplo.

Já em Taubaté, onde mais da metade dos casos suspeitos está ligada a crianças, os professores receberão folhetos informativos com dicas de prevenção para que esses estudantes também sejam multiplicadores da ação com os familiares em casa.

A cidade também pretende disponibilizar os conteúdos dos folhetos digitalizados no site da prefeitura e na fanpage oficial da administração municipal na rede social Facebook.

A meta é que a disseminação dos cuidados e prevenções possam ser feitos também por meio do WhatsApp.

Cuidados. A Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, representante de 500 hospitais no Estado, com aproximadamente 40 mil leitos, inicia campanha para divulgar medidas de controle nos prontos-socorros dos hospitais paulistas com o objetivo de evitar a transmissão do vírus H1N1 na espera por atendimento.

Segundo Yussif Ali Mere Junior, presidente da entidade, houve um aumento significativo de casos da doença nos hospitais particulares no último mês de março em todo o Estado, o que torna fundamental nesse momento a adoção de medidas de segurança nos hospitais. As informações são do Jornal O Vale.

 

Pinda realiza coletiva sobre casos de H1N1

Com o aumento de casos de gripe H1N1 em Pindamonhangaba e a suspeita da morte de uma criança de três anos na cidade no último final de semana por conta da doença, foi realizada na manhã desta terça-feira, no auditório da prefeitura, uma coletiva de imprensa sobre o problema que tem atingido muitas pessoas.

Estiveram presentes a secretária de saúde Sandra Tutihashi; a médica epidemiológica Cristina Andrauss e o Diretor do Departamento de Proteção aos Riscos e Agravos à Saúde, Rafael Lamana.

Na ocasião, os responsáveis pela área de saúde do município procuraram esclarecer e orientar sobre os possíveis casos da gripe H1N1.

Região

A criança que veio a óbito em Pindamonhangaba foi a quarta morte com suspeita de H1N1. Uma mulher de 52 anos e um homem de 28 anos morreram com sintomas da doença, mas as mortes pela doença foram descartadas. Uma mulher também faleceu no último dia 28 em São José - ela também tinha 52 anos e a prefeitura aguarda o resultados de exames para atestar a causa da morte.

Na região, Caraguatatuba e Atibaia confirmaram infectados pela doença. Taubaté lidera o número de casos em investigação, com 21 casos suspeitos - os pacientes estão internados. Lorena tem 10 pacientes internados com sintomas da gripe A.

Prevenção

Além da vacinação, há formas simples de se prevenir contra a gripe e outras doenças respiratórias.

A Secretaria de Estado da Saúde recomenda que a população não compartilhe objetos de uso pessoal e mantenha as mãos sempre higienizadas, com a aplicação de álcool gel ou lavagem com água e sabão.

Deixar os ambientes arejados, com bom fluxo de ar, também evita a circulação do vírus. Ao espirrar, pessoas com sintomas da gripe devem proteger a boca com um lenço para diminuir os riscos de contaminação do ambiente.

A Secretaria da Saúde recomenda também que todas as pessoas que apresentarem febre, associada à tosse ou dor de garganta, devem ser encaminhadas (ou procurar) imediatamente para uma unidade básica de saúde.

 

{gallery}2016/H1N1coletiva{/gallery}

SP se prepara para tratar 149 mil com H1N1

Com o surto antecipado de gripe H1N1 no Estado de São Paulo, a Secretaria Estadual da Saúde já estima que pelo menos 149 mil pessoas necessitem de tratamento para o vírus neste ano, o triplo de pacientes tratados em todo o ano passado. A estimativa corresponde ao número de unidades do medicamento oseltamivir, mais conhecido como Tamiflu, solicitadas pelo governo do Estado ao Ministério da Saúde até o fim de março. O total de antivirais pedidos em 2016 deve crescer ainda mais com a chegada do inverno, quando o número de casos da doença aumenta.

Segundo o ministério, as secretarias de saúde recebem estoque do medicamento mensalmente, conforme solicitação e demanda do próprio Estado. Não existe, portanto, uma quantidade fixa de remédios enviados, uma vez que os pedidos são feitos conforme a incidência da doença em cada localidade.

Em todo o ano passado, quando o número de casos em São Paulo foi baixo e as infecções ficaram concentradas no período do inverno, a Secretaria da Saúde de São Paulo solicitou e recebeu do ministério volume de Tamiflu suficiente para o tratamento de 48,5 mil pessoas - 9,5 mil delas crianças (que recebem dosagens menores do medicamento). Neste ano, com um surto instalado de forma antecipada e perspectiva de aumento de casos na estação mais fria do ano, já foi solicitado ao ministério tratamento para 149,1 mil pessoas, das quais 33,8 mil são crianças.

O volume de antiviral solicitado pelo governo de São Paulo dá uma ideia do alcance do surto atual, mesmo sem que o número total de casos seja conhecido. Como a gripe H1N1 não é de notificação obrigatória aos serviços de vigilância epidemiológica, não é possível saber quantos casos da doença foram registrados. Só é conhecido com exatidão o número de pessoas que desenvolveram Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por causa do vírus - a forma mais grave da doença, que requer internação.

São as estatísticas dessa síndrome que já indicam um surto antecipado no Estado. Boletim divulgado pela secretaria na sexta-feira aponta 372 casos de SRAG e 55 mortes até o dia 29 de março - em todo o ano de 2015, foram 33 casos e 10 óbitos.

O risco de evoluir para a forma grave da gripe é maior entre pessoas com algum fator de risco, como idosos, gestantes, crianças, mulheres que deram à luz há menos de 45 dias e doentes crônicos, todos alvos da campanha de vacinação. São também pessoas desses grupos que, ao apresentarem sintomas da gripe H1N1, devem iniciar em até 48 horas o tratamento com oseltamivir para reduzir o risco de complicações.

Desabastecimento

Para Cláudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, a demanda antecipada pelo medicamento foi inesperada e causa preocupação, mas não deve haver desabastecimento. "A grande preocupação é que temos uma produção e uma distribuição contínua. Quando a epidemia se antecipa muito, isso não estava previsto no calendário de produção, aquisição e distribuição de medicamento. No momento, estamos com todos os Estados abastecidos. Se houver qualquer sinal de que pode haver desabastecimento mais para frente, o ministério vai tomar as providências para que isso não aconteça", diz ele.

De acordo com Maierovitch, o ministério tem condições de solicitar, se necessário, a ampliação da produção do medicamento, uma vez que a maioria das doses oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é feita em laboratório público. "A maior parte daquilo fornecido pelo ministério é produzido pelo Farmanguinhos, da Fiocruz, e há uma parcela, especialmente as apresentações infantis, que são adquiridas da Roche. Vamos acompanhando a demanda", diz o diretor.

Ele afirma que, para este ano, o ministério estima um cenário semelhante ao de 2013, último grande surto de H1N1, responsável por 3.733 casos de SRAG e 768 óbitos no País. Desse total, o Estado de São Paulo registrou 1.972 casos e 405 mortes.

Sem falta

Coordenador de controle de doenças da Secretaria Estadual da Saúde, Marcos Boulos afirma que, embora haja relatos de falta do medicamento em algumas unidades públicas e desabastecimento amplo na rede privada, o Estado tem estoque de remédio suficiente para o tratamento dos pacientes. "Não está em falta. O oseltamivir está em todo serviço público. O que pode estar acontecendo é que, em alguns lugares, pela demanda excessiva e pela não programação adequada, pode faltar temporariamente." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Go to top