Trabalhadores da GM votam proposta

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos vai submeter hoje à aprovação dos trabalhadores da GM a nova proposta de layoff apresentada pela empresa. A assembleia com os trabalhadores dos dois turnos acontece a partir das 14h30, na porta da fábrica.

De acordo com a nova proposta apresentada, a montadora recuou e ofereceu a estabilidade de emprego de três meses aos trabalhadores , atendendo à principal reivindicação do sindicato que, desde o início das negociações, atrelava o acordo à garantia da estabilidade.

Segundo o próprio Sindicato, a proposta prevê a suspensão dos contratos de trabalho de até 1.500 trabalhadores da unidade, no período de 5 de junho a 4 de novembro. A estabilidade fica garantida até fevereiro de 2018.

Os trabalhadores que forem incluídos no layoff farão cursos de qualificação e vão continuar recebendo os salários, que serão pagos por meio do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

O Meon procurou a GM e o Sindicato, mas ambos não quiseram comentar o assunto. O Sindicato só vai se manifestar após o resultado da assembleia de hoje.

Além do layoff, também ficou acordado entre Sindicato e GM que o pagamento do 13º dos trabalhadores será feito nesta sexta-feira (19). A montadora também concordou em renovar os contratos de trabalho temporários da unidade de São José.

Impasse

O impasse entre Sindicato e montadora vem se arrastando desde o final de março.

De um lado, a montadora alega que precisa suspender os contratos por um período, por conta da baixa nas vendas. De outro, o Sindicato afirmava estar aberto às negociações mas exigia a garantia de estabilidade dos trabalhadores como condicionante para a assinatura do acordo.

GM chegou a recorrer ao TRT, alegando intransigência do Sindicato. No entanto, em reunião no TRT na última terça-feira (9), a GM pediu prazo de 48 horas para apresentar uma nova proposta. Prazo terminou na sexta-feira.

No final do mês passado, a montadora já deu sinais de endurecimento do discurso: enviou comunicado aos funcionários ameaçando demitir os 1.600 trabalhadores considerados excedentes caso o acordo de layoff fosse rejeitado.

Em meio ao impasse, a GM programou paradas na unidade para "adequar" o volume de produção à demanda do mercado. Foram concedidas ao todo oito folgas (conhecidas ‘day off’) nas últimas semanas.

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